Os moradores de Mahubo, no distrito de Boane, voltaram a bloquear a Estrada Circular de Maputo na manhã desta terça-feira, 1 de julho, exigindo respostas urgentes à contínua escassez de água potável. O protesto é uma repetição da manifestação ocorrida no dia anterior, que já havia provocado tensão e confrontos com a polícia.
Segundo os residentes, a falta de acesso à água potável tem se prolongado por tempo indeterminado, afetando famílias, escolas e centros de saúde. Diante do silêncio ou lentidão das autoridades competentes, a população decidiu ocupar novamente a via como forma de pressão por medidas concretas.
Apesar de o bairro estar fora de sua jurisdição direta, a Presidente do Município de Boane, Geraldina Bonifácio, deslocou-se ao local e propôs uma solução temporária com carros-tanques de água. No entanto, a proposta foi rejeitada por grande parte da população, que considera a medida insuficiente e paliativa.
“Queremos uma solução definitiva, não carros com baldes de água uma vez por semana”, disse um dos manifestantes revoltados.
Até o momento, as autoridades afirmam estar a trabalhar para resolver a situação, mas não indicaram prazos nem planos concretos, o que mantém a população em estado de alerta e indignação.
Comentário Final:
O caso de Mahubo é mais um alerta sobre os desafios estruturais no fornecimento de água em Moçambique. A persistência dos protestos mostra que a população exige não apenas atenção, mas ações efetivas e duradouras. A crise hídrica precisa ser tratada com prioridade nacional.
