O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, anunciou nesta quinta-feira (17) um plano ambicioso para aumentar drasticamente a produção interna de armamento, com o objetivo de reforçar a capacidade de defesa da Ucrânia diante da ofensiva de verão das forças russas.
Segundo Zelenskyy, a meta é que, em seis meses, metade das armas utilizadas pelos militares ucranianos sejam de fabricação nacional, subindo dos atuais 40%. A medida surge em um momento de incerteza sobre os futuros carregamentos de ajuda militar vindos do Ocidente, especialmente dos EUA e seus aliados europeus.
> "Estamos a transformar a gestão do setor da defesa e da produção de armas para que, no prazo de seis meses, a percentagem de armas de fabrico ucraniano aumente significativamente", declarou Zelenskyy no parlamento em Kiev.
🇺🇦 Drones ucranianos e escassez de armas ocidentais
A Ucrânia já tem utilizado drones de longo alcance de fabricação própria para atacar alvos em território russo. No entanto, a crescente intensidade dos bombardeamentos russos sobre cidades ucranianas exige reforços urgentes.
Enquanto isso, os EUA informaram que irão desviar parte de uma encomenda suíça de sistemas de defesa aérea Patriot para atender à demanda emergencial da Ucrânia. A entrega à Suíça, avaliada em bilhões de dólares, estava prevista apenas para 2027–2028.
🇺🇸 EUA e NATO aceleram entrega de armas
O embaixador dos EUA na NATO, Matthew Whitaker, afirmou que o processo de entrega de armamento está em andamento, embora não tenha garantido uma data exata. O plano envolve a venda de equipamentos militares aos aliados europeus, que por sua vez fornecerão o material diretamente à Ucrânia.
Na próxima segunda-feira, líderes da defesa do Reino Unido e da Alemanha se reunirão com autoridades da NATO e dos EUA, incluindo o secretário de Defesa norte-americano e o novo comandante da aliança, para discutir os próximos passos no apoio militar à Ucrânia.
Apoio europeu reforçado
A Alemanha, Noruega, Suécia, Dinamarca, Países Baixos, Finlândia e Canadá prometeram aumentar os fundos para apoiar Kiev. A Alemanha, inclusive, financiará dois novos sistemas Patriot, enquanto a Noruega fornecerá outro.
A decisão de Washington de priorizar a Ucrânia, mesmo postergando contratos internacionais, como o da Suíça, revela a urgência estratégica no front leste da Europa.
