Cortes de Trump na ajuda humanitária podem causar 14 milhões de mortes até 2030, revela estudo


Um estudo publicado pela conceituada revista científica The Lancet aponta que os cortes promovidos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na ajuda humanitária internacional, podem resultar em mais de 14 milhões de mortes evitáveis até 2030. A análise alerta que um terço dessas vítimas poderá ser de crianças.


A investigação foi conduzida por pesquisadores do Instituto de Saúde Global de Barcelona, liderados por Davide Rasella, e considera que o impacto dos cortes é semelhante ao de uma pandemia global ou de um grande conflito armado.


De acordo com o estudo, desde 2001 até 2021, os programas da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) evitaram cerca de 91 milhões de mortes em países em desenvolvimento. No entanto, com a decisão do governo Trump de cortar mais de 80% do financiamento, estima-se que 4,5 milhões de crianças com menos de cinco anos possam morrer até o final da década, cerca de 700 mil por ano.


A medida foi justificada por Trump e seus aliados com base em alegações de má gestão e desvio de recursos pela USAID. A reforma faz parte de uma iniciativa liderada por Elon Musk, com foco em redução dos gastos públicos e enxugamento da máquina estatal.


Apesar das promessas do secretário de Estado, Marco Rubio, de manter mil programas ativos sob maior controle do Congresso, especialistas da ONU alertam para a situação alarmante em campo. Em campos de refugiados no Quênia, por exemplo, as rações alimentares foram drasticamente reduzidas, e milhares enfrentam desnutrição severa.


O estudo foi apresentado durante uma importante conferência da ONU em Sevilha, na Espanha, onde líderes globais discutem o futuro da assistência humanitária.


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