Mounjaro começa a ser prescrito por médicos de família no Reino Unido, mas só para casos mais graves
O sistema de saúde pública do Reino Unido, o NHS, começou a autorizar a prescrição do medicamento Mounjaro (tirzepatida) por médicos de família (GPs) na Inglaterra, a partir desta terça-feira. No entanto, apenas pacientes que atendem a critérios clínicos extremamente rigorosos poderão recebê-lo neste momento inicial.
A medida faz parte de uma estratégia gradual do NHS, com o objetivo de alcançar primeiro os que mais necessitam, ao mesmo tempo que se evita a sobrecarga nos serviços de atenção primária.
Quem pode receber o Mounjaro agora?Segundo o NHS, o medicamento será prescrito para pacientes com:IMC de 40 ou mais (ou 37,5 em pessoas de minorias étnicas),
Quatro dos cinco seguintes problemas de saúde:
•Diabetes tipo 2
•Hipertensão
•Doenças cardiovasculares
•Colesterol alto
•Apneia obstrutiva do sono
Esses pacientes também receberão cuidados integrados, incluindo orientações nutricionais, apoio psicológico e incentivo à prática de exercícios físicos.
No entanto, muitos consultórios já alertaram que poucos pacientes atenderão a todos os critérios inicialmente. O fornecimento do medicamento pode vir, em alguns casos, de outras clínicas da atenção primária.
Como funciona o Mounjaro?
O Mounjaro é um injetável semanal que age no cérebro aumentando a sensação de saciedade, ajudando os pacientes a reduzirem significativamente a ingestão alimentar. Estudos mostram que ele pode provocar perda de até 20% do peso corporal.
Embora inicialmente aprovado para o tratamento de diabetes tipo 2, o Mounjaro foi recentemente liberado para uso no combate à obesidade severa, junto a outro medicamento semelhante, o Wegovy (semaglutida).
Desafios para os GPs e o futuro da distribuição
•Mesmo com o avanço, autoridades alertam: a demanda será maior do que a capacidade atual de atendimento.
•A prescrição exige consultas mensais, o que demanda mais tempo dos profissionais.
•O NHS prevê ampliar o acesso ao Mounjaro até 2027, incluindo pessoas com IMC entre 35 e 40, ou com menos comorbidades.
•O treinamento dos profissionais e a criação de serviços de apoio são fundamentais para a segurança no uso da medicação.
Pacientes que não atendem aos critérios atuais deverão aguardar as próximas fases de liberação ou buscar tratamento nas clínicas especializadas que já utilizam o medicamento desde março.
Comentário final:
O Mounjaro promete revolucionar o tratamento da obesidade, mas seu acesso ainda será limitado nos próximos anos.
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