O partido PODEMOS, uma das principais forças políticas da oposição em Moçambique, enfrenta uma nova polémica interna. O candidato ao cargo de secretário-geral, Alberto Ferreira, recorreu ao Conselho Fiscal e posteriormente às autoridades judiciais, pedindo a suspensão da segunda volta do processo eleitoral interno da organização. Segundo Ferreira, essa etapa violaria os estatutos do partido e indicaria possíveis manipulações.
A disputa surge após o atual secretário-geral, Sebastião Mussanhane, ser acusado de tomar decisões fora das normas internas. Ferreira argumenta que a ausência de resposta do Conselho Fiscal forçou a busca por uma instância externa para avaliar a legalidade do processo. Ele alega ainda que não houve resposta dentro do prazo estipulado e que algumas ações do secretário-geral indicam preferência pessoal na disputa.
Apesar da crise, Ferreira diz acreditar na integridade da organização, mas admite que determinados membros podem não agir com a mesma transparência. O presidente do partido, Albino Forquilha, pediu respeito pelas decisões dos órgãos internos e defendeu a realização da segunda volta como legítima.
Ferreira, por sua vez, diz que seu objetivo é garantir justiça dentro das normas partidárias e que não pretende avançar para conflitos judiciais prolongados. Ele afirma que aceita qualquer decisão definitiva dos órgãos do partido, mas deseja que o processo respeite os princípios democráticos e os estatutos da organização.